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DOENÇAS RENAIS

Dia Mundial do Rim: especialistas do Governo do Amapá reforçam a importância do diagnóstico e tratamentos na rede pública

Data é celebrada nesta quinta-feira, 13; equipe da Unidade de Nefrologia do Hcal alerta para os cuidados que podem evitar a insuficiência renal.

Por Karla Marques
13/03/2025 16h30
No Amapá, cerca de 500 pacientes são atendidos mensalmente pela Nefrologia do Governo do Estado

No Dia Mundial do Rim, celebrado nesta quinta-feira, 13, o Governo do Amapá alerta para a prevenção e conscientização sobre as doenças renais crônicas. Atualmente, cerca de 500 pacientes são atendidos pela Nefrologia da rede pública estadual, o que resulta em aproximadamente 6 mil sessões de hemodiálise por mês.

Especialistas do Hospital de Clínicas Dr. Alberto Lima (Hcal), em Macapá, destacam a importância do diagnóstico precoce e da adoção de hábitos saudáveis para proteger os rins e evitar complicações que possam levar à insuficiência renal, que é frequentemente chamada de "silenciosa" porque no estágio inicial, os sintomas geralmente não são perceptíveis.

A médica nefrologista, Gracilene Lobato, coordenadora da Nefrologia do Hcal, alerta que os principais fatores de risco incluem diabetes, hipertensão, obesidade, histórico familiar, consumo inadequado de água, idade avançada e hábitos alimentares ruins.

Gracilene Lobato, médica nefrologista e coordenadora da Nefrologia do Hcal

“Os sintomas que precisam de atenção incluem cansaço excessivo, dor de cabeça, tontura, náuseas, vômito, inchaço nas pernas, dor nas costas e urina espumosa ou com sangue. O diagnóstico precoce é essencial porque, quando detectado cedo, podemos agir para estabilizar a doença e evitar sua progressão para estágios mais graves que necessitem de diálise ou transplante”, explica a especialista.

A má alimentação também impacta diretamente o funcionamento dos rins. A nutricionista clínica, Aline Bentes, que atua na Unidade de Nefrologia do Hcal, destaca que os rins filtram e limpam o sangue, eliminando impurezas pela urina.

Aline Bentes, nutricionista clínica na Unidade de Nefrologia do Hcal

"Se eu tenho uma alimentação não saudável, que traz muitas impurezas para o corpo, os rins acabam sobrecarregados. Essa sobrecarga pode levar, com o tempo, a um funcionamento inadequado dos órgãos e até mesmo à necessidade de tratamentos como hemodiálise ou transplante renal”, alerta Aline.

A nutricionista recomenda evitar alimentos ultraprocessados - ricos em sódio, gordura e açúcar - como biscoitos, salgadinhos, carnes processadas e refrigerantes. "O consumo exagerado desses alimentos pode sobrecarregar os rins e causar doenças crônicas".

A ingestão adequada de água é essencial, especialmente em regiões quentes como o Amapá, onde a desidratação aumenta o risco de formação de pedras nos rins.

O atendimento é ofertado em 4 unidades: Nefrologia do HCal, Hospital de Santana e clínicas Uninefro e São Camilo

O Governo do Amapá desenvolve estratégias para minimizar o sofrimento de quem convive com doenças renais crônicas, entre elas estão as sessões de hemodiálise, que são realizadas em quatro unidades: Nefrologia do Hcal, Hospital Estadual de Santana e as clínicas Uninefro e São Camilo, contratadas pelo Estado para ampliar a assistência e atender à alta demanda.

O tratamento inclui consultas com nefrologistas, exames preventivos (como creatinina e ureia), acompanhamento multiprofissional e sessões de hemodiálise realizadas três vezes por semana, com duração média de quatro horas cada.

Leila Silva, responsável técnica de enfermagem da Unidade de Nefrologia do Hcal

“A hemodiálise substitui funções essenciais dos rins, como a filtragem de toxinas e a regulação da pressão arterial. Quem tem hipertensão, diabetes ou histórico familiar dessas condições deve procurar acompanhamento médico e realizar exames regularmente”, orienta Leila Silva, responsável técnica de enfermagem da Nefrologia do Hcal.

Em 2024, foram realizadas 36.874 sessões de hemodiálise. No mesmo período, a Nefrologia do Hcal acompanhou 480 pacientes, número que vem aumentando progressivamente. O principal recado dos especialistas é a necessidade de adotar hábitos saudáveis e realizar acompanhamento médico regular, especialmente para aqueles que apresentam fatores de risco.

A prevenção adequada e o tratamento correto podem garantir uma vida melhor para os pacientes renais. “A prevenção evita que os pacientes avancem para um estágio em que o rim não consegue mais realizar suas funções adequadamente, podendo necessitar de alguma modalidade de terapia renal de substituição", concluiu a coordenadora da Nefrologia do Hcal.

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ÁREA: Saúde