Dia Mundial do Rim: especialistas do Governo do Amapá reforçam a importância do diagnóstico e tratamentos na rede pública
Data é celebrada nesta quinta-feira, 13; equipe da Unidade de Nefrologia do Hcal alerta para os cuidados que podem evitar a insuficiência renal.

No Dia Mundial do Rim, celebrado nesta quinta-feira, 13, o Governo do Amapá alerta para a prevenção e conscientização sobre as doenças renais crônicas. Atualmente, cerca de 500 pacientes são atendidos pela Nefrologia da rede pública estadual, o que resulta em aproximadamente 6 mil sessões de hemodiálise por mês.
Especialistas do Hospital de Clínicas Dr. Alberto Lima (Hcal), em Macapá, destacam a importância do diagnóstico precoce e da adoção de hábitos saudáveis para proteger os rins e evitar complicações que possam levar à insuficiência renal, que é frequentemente chamada de "silenciosa" porque no estágio inicial, os sintomas geralmente não são perceptíveis.
A médica nefrologista, Gracilene Lobato, coordenadora da Nefrologia do Hcal, alerta que os principais fatores de risco incluem diabetes, hipertensão, obesidade, histórico familiar, consumo inadequado de água, idade avançada e hábitos alimentares ruins.

“Os sintomas que precisam de atenção incluem cansaço excessivo, dor de cabeça, tontura, náuseas, vômito, inchaço nas pernas, dor nas costas e urina espumosa ou com sangue. O diagnóstico precoce é essencial porque, quando detectado cedo, podemos agir para estabilizar a doença e evitar sua progressão para estágios mais graves que necessitem de diálise ou transplante”, explica a especialista.
A má alimentação também impacta diretamente o funcionamento dos rins. A nutricionista clínica, Aline Bentes, que atua na Unidade de Nefrologia do Hcal, destaca que os rins filtram e limpam o sangue, eliminando impurezas pela urina.

"Se eu tenho uma alimentação não saudável, que traz muitas impurezas para o corpo, os rins acabam sobrecarregados. Essa sobrecarga pode levar, com o tempo, a um funcionamento inadequado dos órgãos e até mesmo à necessidade de tratamentos como hemodiálise ou transplante renal”, alerta Aline.
A nutricionista recomenda evitar alimentos ultraprocessados - ricos em sódio, gordura e açúcar - como biscoitos, salgadinhos, carnes processadas e refrigerantes. "O consumo exagerado desses alimentos pode sobrecarregar os rins e causar doenças crônicas".
A ingestão adequada de água é essencial, especialmente em regiões quentes como o Amapá, onde a desidratação aumenta o risco de formação de pedras nos rins.

O Governo do Amapá desenvolve estratégias para minimizar o sofrimento de quem convive com doenças renais crônicas, entre elas estão as sessões de hemodiálise, que são realizadas em quatro unidades: Nefrologia do Hcal, Hospital Estadual de Santana e as clínicas Uninefro e São Camilo, contratadas pelo Estado para ampliar a assistência e atender à alta demanda.
O tratamento inclui consultas com nefrologistas, exames preventivos (como creatinina e ureia), acompanhamento multiprofissional e sessões de hemodiálise realizadas três vezes por semana, com duração média de quatro horas cada.

“A hemodiálise substitui funções essenciais dos rins, como a filtragem de toxinas e a regulação da pressão arterial. Quem tem hipertensão, diabetes ou histórico familiar dessas condições deve procurar acompanhamento médico e realizar exames regularmente”, orienta Leila Silva, responsável técnica de enfermagem da Nefrologia do Hcal.
Em 2024, foram realizadas 36.874 sessões de hemodiálise. No mesmo período, a Nefrologia do Hcal acompanhou 480 pacientes, número que vem aumentando progressivamente. O principal recado dos especialistas é a necessidade de adotar hábitos saudáveis e realizar acompanhamento médico regular, especialmente para aqueles que apresentam fatores de risco.
A prevenção adequada e o tratamento correto podem garantir uma vida melhor para os pacientes renais. “A prevenção evita que os pacientes avancem para um estágio em que o rim não consegue mais realizar suas funções adequadamente, podendo necessitar de alguma modalidade de terapia renal de substituição", concluiu a coordenadora da Nefrologia do Hcal.
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